Kinguio - alimentação, reprodução e variedades

Existente nas variedades cometa, oranda, telescópio, cabeça de leão, pérola, bolha e celestial, o peixe kinguio é dócil, sociável e fácil de criar
                Os peixes kinguios podem alcançar 30 cm e viver cerca de 10 anos, em aquários, e 30 anos, em lagos.

O kinguio é descendente de uma carpa selvagem conhecida por Carassius auratus. No Brasil, ele é conhecido como Peixe Japonês, Peixe Dourado ou Peixe Vermelho e nos Estados Unidos, como Goldfish. Sua origem é chinesa, mas também foi uma espécie bastante desenvolvida no Japão por meio de várias técnicas de reprodução. Atualmente, o Japão conta com 30 espécies de kinguio. Já a China pode ultrapassar as 100 espécies. Independente da espécie, o kinguio é excelente para ser criado em aquários com outros peixes, pois é dócil e sociável. No entanto, é indefeso, se criado junto a peixes ariscos, como os tetras e os sumatras. Os peixes recomendáveis para lhe fazer companhia são: Carpa, Molinésia, Limpa-Vidros, Cascudos, Tanitis, Limpa Fundo e Colisa.

O kinguio possui corpo oval, esférico e longo, com as mais diversas caudas. Pode apresentar as cores marrom-dourada, branca, preta, vermelha, laranja, amarela, cinza, chá, ou suas combinações com pintas. Pode alcançar os 30 cm e viver cerca de 10 anos, em aquários, e 30 anos, em lagos. A temperatura da água deve ser de 20ºC e o pH 7,2. Os kinguios são peixes omnívoros, ou seja, comem tanto de proteínas vegetais quanto animais. Sua alimentação deve ser feita duas vezes por dia, se consumidas em mais ou menos 5 minutos. Quanto às plantas ornamentais dispostas no aquário, estas devem ser artificiais, já que os kinguios comem as naturais.

Alimentação

Vegetais

Eles adoram vegetais, como pepino, mostarda, alface, agrião, espinafre, acelga, alga nori, lentilha d’água, salvínia e elodea. Já o brócolis e a couve-flor ofereça cozidos. Como sempre sobram muitos pedacinhos no aquário, é mais aconselhável alimentá-los no dia anterior à troca parcial de água. Eles adoram ervilhas, no entanto, leve-as ao fogo por dez minutos, até que fiquem macias. Em seguida, retire a casca e dê em metades. Duas ervilhas para cada kinguio adulto já bastam.

Patês

Os patês são alimentos feitos de maneira artesanal, reunindo alimentos de origem animal e vegetal, crus e cozidos, liquidificados e misturados à  gelatina sem sabor dissolvida em água. Depois de resfriado, o patê pode ser cortado em cubos e guardado no congelador, retirando-se apenas a porção a ser utilizada.

Proteína animal

A proteína animal deve ser fornecida somente uma ou duas vezes por semana.  Insetos, larvas de insetos e vermes são ótimas opções. Uma outra opção é a aquisição de alimentos congelados e liofilizados. A liofilização é um processo de desidratação rápida de alimentos. No entanto, é demasiadamente duro para a mastigação, sendo necessário hidratá-lo antes. Utilize a água do próprio aquário para isto. Quanto aos alimentos congelados, tenha o cuidado de descongelá-los antes de oferecer aos kinguios. 

Rações

Procure variar as rações e prefira as que afundem, de tal forma que os kinguios não ingiram ar junto ao alimento. Caso contrário, pode ocasionar o mau funcionamento da bexiga natatória. Outra possível causa deste problema é a alimentação exclusivamente seca, o que possibilita a formação de  gases no trato gastrointestinal deviso à sua fermentação. Uma opção é deixar a ração de molho em um recipiente com água do próprio aquário por alguns minutos antes de oferecê-la aos peixes.

Reprodução

Distingue-se o kinguio macho do kinguio fêmea na época de reprodução. A fêmea apresenta a região anal bem mais volumosa. Já no macho se desenvolvem alguns nódulos nas nadadeiras peitorais, nas brânquias e na cabeça. Sua reprodução é bem simples, basta colocar dois machos e uma fêmea em um aquário com muitas plantas. As flutuantes são as melhores, pois nelas a fêmea deposita os óvulos, em torno de 800, que são fecundados pelo macho. Imediatamente, após a fecundação, os peixes adultos têm de ser retirados, caso contrário, devoram a cria. Os alevinos do kinguio nascem 10 dias após a desova e, com 18 dias, já medem 2,5 cm.

Variedades

Kinguio Comum

Parece com a carpa original. Apresenta cor laranja brilhante, mas pode ser encontrado nas cores vermelha ou amarela. Sua barbatana dorsal é longa, mas baixa. As demais são bastante parecidas às da carpa original. Possui barbatana caudal levemente bifurcada. É bastante sociável e pode facilmente conviver com outros peixes de parâmetros compatíveis.

Kinguio Cometa ou Véu

Essa variante apresenta as maiores barbatanas entre os Kinguios. A barbatana caudal, apesar de dupla, não possui uma bifurcação entre os lóbulos. Pode apresentar muitas cores diferentes, entre elas, lisas ou malhadas. Nada lentamente, devido ao peso das barbatanas. Não gosta de águas movimentadas.

Kinguio Bolha ou Olhos de Bolha (Shuihogan)

Possui duas bolsas sob os olhos, cheias de fluidos corporais, por isso devem ser manuseadas com muito cuidado, caso contrário, estouram facilmente. Com a idade, as bolsas vão aumentando, tornando o peixe ainda mais lento. Apresenta cores vermelha, preta, ouro ou bicolor (branca e vermelha). Possui olhos vermelhos e não apresenta barbatana dorsal. Prefere água em torno de 27 a 28ºC

kinguio Cabeça de Leão (Rantyu)

Apresenta o mesmo gorro dos Orandas (dos quais se originam), só que muito maior, tomando toda a cabeça, parte superior, laterais, inferior e frontal. Possui um corpo grosso, curto e arqueado e uma barriga saliente e gorda. Não possui barbatana dorsal e a caudal é dupla, curta e sempre armada. Pode apresentar várias cores, entre elas, lisas os malhadas.

Kinguio Celestial

Da mesma linhagem dos Telescópios, tem os olhos virados pra cima, para a superfície da água. Com isso, sua visão é bastante prejudicada, tendo dificuldade em localizar até o alimento. Deve ser mantido em aquários somente com variantes iguais. Vive cerca de quinze anos. Não gosta de água fria. Tem sua barbatana caudal dupla e não apresenta a barbatana dorsal.

Kinguio Escama de Pérola

Seu corpo apresenta forma de ovo. Possui uma bonita cauda dupla. Apresenta coloração brilhante, devido às suas escamas serem maiores e muito mais grossas, além de lembrarem pérolas. Tem ainda uma coroa no topo da cabeça parecida com as dos Oranda, só que menor. Apresenta várias cores, entre elas, lisas ou malhadas. Pode alcançar mais de 15 centímetros e vive cerca de 10 anos. É bastante sensível a temperaturas abaixo de 14ºC.

Kinguio Oranda

Vem do cruzamento entre os Cabeças de Leão e os Véus. Apresenta a protuberância carnosa dos Cabeças de Leão, só que menor, e as barbatanas muito longas dos Véus. É um peixe bastante sociável e dócil. É resistente e forte, apesar de alguns indivíduos apresentarem doenças da bexiga natatória.

Kinguio Telescópio (Demekin)

Apresenta os olhos bastante saltados. Possui as pupilas protegidas por uma camada grossa de cristalino. Possui uma grande variedade de cores, como vermelha, vermelha e branca, cálica, preta e branca, marrom, lavanda e preta. Suas variantes são o Telescópio Preto (Black Moor) e o preto e branco (Panda Moor).



"Quem é esse Pokémon?"

 Os animais marinhos mais bizarros e que você provavelmente não conhecia!

O fundo do mar é um lugar cheio de segredos, mas vamos desvendar alguns deles agora!

O mundo animal é cheio de segredos. Quando nascem, todos são fofos e parecem inofensivos, mas com o tempo se mostram verdadeiras feras. Mas é engraçado observar esses bichos, que dizemos ser "irracionais", fazerem várias coisas estranhas. Eles podem ser trolls, brigam de forma bem estranhas e tem os melhores registros em foto! E quando mais os observamos, mais descobrimos coisas estranhas sobre eles!

Já foi falado uma vez das criaturas que ninguém sabia da existência, mas agora o Purebreak foi mais a fundo, mesmo. Selecionamos os animais mais bizarros que vivem no ocenado, e que lá por lá devem ficar, porque ninguém merece dar de cara um animalzinho desses! Quem é fã da série "Pokémon", que já tem seus 19 anos de existência, com certeza já ouviu falar que muitos monstrinhos foram inspirados em animais reais, o que dá pra perceber. Mas pelo visto, até os mais estranhos deles foram baseados em bichos de verdade!

O axolote, uma espécie de salamandra, é bem esquisito mas ao mesmo tempo bem fofinho. Medem cerca de 23 cm e habitam os lagos da região do México. Mas assim como os monstros de bolso, o axolote também tem uma habilidade especial: a capacidade de se regenerar! Isso mesmo! Se ele perde um braço ou calda, não demora muito e outro é reconstruido.

Como montar um aquário marinho passo a passo

1º – Qual seu objetivo?

Antes de começar a pensar no que você vai precisar, você deve definir um objetivo. Dependendo de seu objetivo com o aquário, os equipamentos e iluminação podem variar. Se pretende montar um aquário somente de peixes (fish only), não precisa investir muito em iluminação e filtragem, mas o uso de um filtro UV é altamente recomendado. Se pretende ter um aquário com foco em corais, precisará de reator de cálcio dentre outros equipamentos. Um aquário fish only pode ser mais alto, já que não precisará de muita luz chegando ao fundo (substrato). Se for de corais, o ideal é ser mais raso.

2º – Local onde ficará o aquário

Esse é um ponto de grande relevância. Você vai querer evitar ambientes com cheiros fortes, gordura, muito quentes ou muito frios. Evite colocar no quarto também, pois por mais silencioso que seja, o aquário poderá atrapalhar seu sono. Escolha um local de destaque e com cadeiras ou puffs por perto, todo mundo vai querer sentar para observar! Evite também carpetes, pois quase que inevitavelmente cairá água no chão de vez enquando.

3º – Escolhendo o vidro

Você pode fazer seu display na loja mais próxima de você, mas se está começando no hobby, talvez seja indicado começar com um aquário pronto, como os das marcas Boyu e Red Sea (veja aqui várias opções: http://www.emporioaquatico.com.br/aquarios-e-moveis-1/aquarios.html). Veja o espaço que tem disponível e escolha um modelo que caiba no seu bolso.

Algumas sugestões:
Boyu MT-50

Inicialmente projetado para aquário de água doce, o MT-50 tem um excelente custo/benefício para começar e tem muito material na internet ensinando a fazer uma série de upgrades em casa. Para ficar bem legal, vale a pena colocar um skimmer nele ou apenas fazer TPAs (Trocas Parciais de Água) com uma boa frequência. Ele tem um volume de 80 litros, uma boa litragem para começar no hobby.






Boyu TL-450 

O TL-450 já é uma solução mais voltada para marinho. Apesar de ser um pouco mais compacto (30 litros) possui luminária composta por 02 lâmpadas PL18W, leds de iluminação noturna e ventilação. O sistema de filtragem conta com um sump traseiro com bomba de retorno 1200 litros/hora (19W); filtragem mecânica, biológica e química, com esponja,cerâmica, bio ball e carvão ativado; filtro ultravioleta e aquecedor. Vem com um pequeno skimmer que ajuda na filtragem e mantém a água com um bom nível de oxigenação.


Red Sea Max 130 

Esse sem dúvidas é o sonho de consumo de muito aquarista! Se tiver condições de investir um pouco mais, esse aquário já vem completo com tudo o que precisa. É bem estável e seguro, além de ser o mais bonito dos plug-and-play disponíveis. O único equipamento que é recomendável adicionar é um chiller para resfriar a água. Com seu sistema de filtragem é possível manter até os peixes e corais mais sensíveis. Tem a capacidade de 130 litros.

Agora, se sua ideia não é montar um pronto, atente para as seguintes dicas:
– Se for montar um fish only, sua prioridade deverá ser o espaço para seus peixes nadarem. Procure fazer o mais comprido possível;
– Se for montar um aquário de corais, procure fazer mais raso que alto. Assim, seu layout de rochas tenderá a ficar mais bonito e favorecerá a disposição dos corais;
– Escolha uma forma silenciosa e prática de queda d’água (a maneira como a água cai para dentro do móvel, no sump). A mais recomendada é o Durso, veja mais aqui: dursostandpipes.com;
– Tenha em mente a iluminação que vai usar antes de montar o display, monte de acordo com a lâmpada ou luminária que escolher.

4º – Substrato e rochas

Esse é um item fundamental que pode determinar o sucesso de seu aquário. As rochas e o substrato têm o importante papel de abrigar as bactérias que fazem a filtragem biológica do aquário. Se colocar pouco substrato e rochas, você pode ter um nível elevado de amônia e nitrito no seu aquário, o que pode comprometer a saúde de seus peixes e corais.

A granulometria do substrato deve ser bem escolhida. O ideal é que não seja tão grosso, pois pode acumular mais sujeira e abrigará menos bactérias anaeróbicas, nem tão fino que as bombas de circulação poderão bagunçar todo o layout. Para aquário marinho o mais indicado é um substrato de base calcária, como a aragonita.

Seguem algumas sugestões de substratos:

– Nature’s Ocean 

 a mais popular aranita do mercado, além de muito bonita, tem um preço bem acessível. Está disponível nas versões Aragonite e Samoa Pink. A primeira é basicamente aragonita e a segunda tem algumas particulas rosas que dão um aspecto legal no aquário. É recomendado lavar antes de colocar no aquário.










– Fiji Pink 

 A Fiji pink vem somente em uma granulometria. Tem uma aparência bem natural e tem a vantagem de não precisar ser lavada para usar.






As rochas que você vai colocar no aquário, devem, além de porosas, para abrigar asbactérias aeróbicas, ser bonitas para compor um belo layout. Por isso, a escolha da rocha é muito importante. A melhor opção disponível no mercado, além de ser a mais barata, é muito bonita. As rochas naturais Reef Rock (http://www.emporioaquatico.com.br/rochas-naturais-do-caribe-reef-rock-kg.html) são coletadas no caribe em recifes de corais que morreram, mas deixaram as rochas. Além de muito bonita, ela não libera fosfato na água e a porosidade é muito alta, o que possibilita uma melhor filtragem biológica do aquário, proporcionando no final animais mais saudáveis e coloridos.

5º – Skimmer

O item de filtragem mais importante de um aquário marinho é sem dúvidas o skimmer. O skimmer gera um turbilhão de microbolhas em seu interior, a “sujeira” dissolvida na água tende a subir no meio dessas bolhas, já que a água salgada é mais densa. A sujeira que sobre transborda em um copo, de onde deve ser removida. A qualidade do skimmer determinará a quantidade de peixes e a saúde geral do aquário. Por isso, o ideal é superdimensionar esse equipamento. Confira as opções de skimmer:

Sobre as marcas que encontramos no Brasil:

– Bubble Magus : É uma marca chinesa de bom custo/benefício. É uma boa opção para começar e depois fazer um upgrade. As bombas que utilizam podem apresentar problemas com uma frequência um pouco maior que as outras marcas.

– Red Sea : São bons skimmers com bombas confiáveis. Possuem um bom custo/benefício também.

– Reef Octopus:  Esses skimmers são bem conhecidos pelo mundo todo e trazem grande qualidade por um pouco a mais de investimento. Ótima opção.

– Tunze: Se você está disposto a investir em equipamentos TOP, essa marca alemã é a melhor opção. Os Tunze são de fácil regulagem e utilizam bombas extremamente econômicas que não vão esquentar a água do aquário.

6º – Outros filtros

Além do skimmer, existem alguns outros filtros que você pode ou deve colocar no aquário,de acordo com seus objetivos.

– Filtro Ultravioleta: O filtro UV é extremamente recomendado se você pretende ter uma quantidade razoável de peixes. Ele vai exterminar grande parte das bactérias e parasitas. O filtro em si não precisa ser muito sofisticado, mas a lâmpada deve ser de boa qualidade e é importante que seja fácil de encontrar. Recomendamos a marca Hopar, que tem um ótimo preço e quando a lâmpada original vencer, você pode comprar uma de melhor qualidade já que utiliza um padrão universal.


– Reator de Fosfato: Se sua ideia é ter corais em seu aquário, pense em colocar um reator de fosfato. Os reatores Two Little Fishies podem ser utilizados com diversas mídias fluidizadas, inclusive carvão ativado. Ele movimenta a água dentro dele, agitando a mídia removedora. Veja o reator aqui e as mídias aqui. As mídias que removem fosfato podem ser colocadas em sacos em um local de grande circulação no sump.

– Mídias filtrantes: O carvão ativado é fundamental no aquário. Remove impurezas e mantém a água cristalina. Veja aqui algumas opções, estude-as e escolha as que melhor te ajudem a chegar em seu objetivo. Elas podem ser utilizadas com um saco de mídia.

7º – Circulação

A circulação do aquário deve respeitar o seu objetivo. Se pretende ter um aquário fish only, a circulação pode ser bem dimensionada. Isso aumentará virtualmente o tamanho do aquário, já que os peixes nadarão com o movimento da água. Se pretende ter corais, a circulação deve ser moderada e deve ser diferente nos diversos cantos do aquário para atender aos diferentes tipos de corais. Uma bomba com a velocidade regulável pode ser a melhor opção. Veja aqui várias opções.



Acima à esquerda, uma Tunze, bomba alemã de baixo consumo e excelente fluxo de água, veja aqui. À direita, o que há de melhor atualmente, a Vortech da Ecotech Marine. Esta possui diferentes modos e pode ser regulada de acordo com a necessidade do seu aquário, além de poder contar com uma bateria de backup para o caso de acabar a energia elétrica, veja aqui.

8º – Temperatura



A temperatura em um aquário marinho deve ser mantida entre 25 e 27 graus. Ela pode chegar a 24 ou 28 graus, mas isso pode não ser bom. Além disso, não é saudável, principalmente para os peixes, que ela varie mais de um grau por dia. Para manter o aquário aquecido, utilize um aquecedor de boa qualidade, pode considerar a regra de 1W por litro, veja as opções aqui. Para resfriar a água você terá duas opções: ventoinha ou chiller. O chiller é mais caro e consome mais energia, mas se você mora em um lugar muito quente, será fundamental. A ventoinha é mais barata, mas faz a água evaporar mais rapidamente e faz um barulho inconveniente. Recomendamos a marca Gelaqua, pois é nacional e possui excelente suporte e garantia.



9º – Iluminação

A iluminação pode fazer toda a diferença em um aquário. Dependendo do tamanho do seu projeto, as opções podem variar.

– HQI: É uma tecnologia um pouco ultrapassada em aquarismo, pois além de esquentar muito a água do aquário, consome muita energia. Precisa de um bom refletor e um bom reator. Veja algumas opções aqui. Pode ser indicada para aquários com mais de 150 litros. Devem ser trocadas em média a cada 8 meses.

– PL: As PL são boa opção se seu aquário é menor. São baratas e dão um ótimo resultado. Procure balancear com um tom azulado para uma coloração mais legal dos corais: confira aqui. Devem ser trocadas em média a cada 12 meses.


– T5: As lâmpadas T5 são ótimas para qualquer tipo de aquário. Se vai ter somente peixes, coloque poucas. Se vai ter corais também, coloque mais lâmpadas. As marcas podem fazer grande diferença na saúde dos corais: aqui. Devem ser trocadas em média a cada 12 meses.





– LED: A iluminação por LEDs é o que há de mais novo no mercado. Tem grande durabilidade (mais de 5 anos), não esquentam e dão uma cor espetacular nos corais com algum grau de fluorescência. A mais popular no mundo é a AquaIllumination.




10º – Água

Por último, a preparação da água deverá ser feita com um bom filtro de Osmose Reversa ou Deionizador. O mais recomendado é o de RO (Osmose Reversa, ou em inglês Reverse Osmosis). O filtro servirá para preparar a água das trocas parciais e a água de reposição. A água do aquário quando evapora não leva o sal junto. Assim, devemos repor essa água para manter a salinidade adequada do aquário. Essa água deve ser a mais pura possível.

O sal utilizado para a preparação deve ser de boa qualidade para conter todos os elementos que os animais necessitarão. Temos muitas marcas à disposição no Brasil, você pode escolher a que mais lhe agradar aqui. Para ver a densidade (salinidade) da água, você precisará de um refratômetro. Se quiser economizar, invista em um densímetro, mas saiba que não é tão preciso!




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O Perigo do Cloro na Água dos Aquários.

Não há como saber com exatidão essa estatística, mas o primeiro impacto que a maioria dos aquaristas iniciantes sofre diz respeito à perda de peixes causada por água nova da torneira. É a velha história: na loja de aquários, diante da beleza de tantas espécies de peixes e plantas, as crianças, jovens e até adultos se entusiasmam e terminam comprando o que bem lhes apetece. Em seguida, vem o maior erro: a compra do aquário e dos materiais juntamente com alguns peixes em um saquinho.

Embora haja vendedores que orientam bem as pessoas inexperientes no aquarismo, muitos deles ainda confundem os clientes, não passam detalhes importantes, e até vendem substâncias anti-cloro junto com as outras coisas, a fim de minimizar os prejuízos, como se isso resolvesse tudo. Ora, a ansiedade do aquarista novato é tanta que ele não vê a hora de chegar em casa, arrumar o aquário, enchê-lo de água e colocar os peixes dentro.

Infelizmente, a água usada naquele aquário novo é a da torneira mesmo, ou do chuveiro, o que dá na mesma. Muitos não sabem, mas essa “água nova da torneira” é altamente venenosa para os pequenos peixes.

O perigo é que as águas tratadas das cidades recebem certa quantidade de cloro para matar as bactérias ruins e tratar a matéria orgânica da água (por exemplo, servindo de desinfetante para os coliformes fecais). Claro, existe um índice mínimo de cloro indicado pelo Governo para as águas serem chamadas de “tratadas”, mas para além disso, as quantidades variam muito. Segundo informa o site da SABESP, companhia de água de São Paulo: “O cloro é um agente bactericida. É adicionado durante o tratamento, com o objetivo de eliminar bactérias e outros micro-organismos que podem estar presentes na água. O produto entregue ao consumidor deve conter, de acordo com o Ministério da Saúde, uma concentração mínima de 0,2 mg/l (miligramas por litro) de cloro residual”. O valor máximo de cloro residual tolerado na água para consumo no Brasil é de 2,0 a 5,0 mg/L. Mas não é tão incomum que algumas cidades estejam consumindo águas com bem mais cloro que isso, sendo perceptível pelo odor, coloração turva azulada, irritação dos olhos e garganta, além da pele e mucosas. A substância clorada geralmente utilizada para a esterilização da água é o Hipoclorito de Sódio (NaClO), que é também o principal agente presente na Lixívia ou Água sanitária, para lavagem e branqueamento de roupas, por exemplo.

O problema é que cada cidade de nosso país tem uma diferença em quantidade de cloro residual nas suas águas. Isso depende da qualidade da água de seus reservatórios: quanto mais poluída ou suja a água for, mais cloro é adicionado. Em seu tratamento, a água ainda recebe cal e flúor, além de cloro. Por isso, nem sempre os anti-cloro colocados nos aquários recém-montados funcionam a contento, pelo menos na quantidade indicada na bula.

Muita gente não sabe que o cloro é injetado na água na forma de gás liquefeito, e portanto, capaz de evaporar para a atmosfera com o passar do tempo. Por isso, a água da torneira descansada por dois ou três dias terá praticamente eliminado o seu cloro.

Ás vezes pequenos detalhes na manutenção do aquário farão toda diferença: no momento da TPA, muitos utilizam água direto da torneira. Mesmo que seja utilizado algum condicionador nessa água, o cloro não será totalmente eliminado. Ainda assim, essas substâncias podem retirar maior parte do cloro, mas deixam a amônia, mortal para os peixes. Uma solução, caso use água direto da torneira, é não passar de 10% no volume da troca, para os efeitos serem minorados. Sob efeito de cloro, os peixes ficam apáticos, ofegantes, com nado irregular, às vezes na superfície da água, ou parados no fundo do aquário.

Realmente, o cloro na água tratada não só reage com outros materiais, quanto existe em outras formas, como as cloraminas, substâncias que se formam da reação da amônia e cloro, na água. A adição de amônia em água onde haja cloro livre gera as cloraminas (mono-, di- e tri-cloraminas, sendo esta última menos fatal aos seres vivos), perigosas para a biologia do aquário.

A título de curiosidade, poucos sites revelam que as cloraminas são mais estáveis que o cloro gasoso, permanecendo um bom tempo ativas na água. Por isso, é bom o aquarista avisado pesquisar a qualidade da água abastecida em sua região, a fim de não ter surpresas indesejáveis quando for condicionar a água para uso em aquários. Um meio eficaz de eliminar cloraminas é o uso de um filtro com carvão ativado (no caso de água para beber, usar um filtro de ozônio); segundo as fontes, as cloraminas não alteram o pH da água, produzem poucos compostos orgânicos e deixam odor e sabor da água menos agressivos que os do cloro puro (até seus efeitos sobre os seres humanos são mais leves, diferente do cloro livre - daí seu uso cada vez maior pelas companhias de tratamento e saneamento de água).

Bem, se o nosso aquarista vivesse próximo a um ribeirão ou fonte de águas límpidas, e enchesse o seu aquário com essa água, 99% dos acidentes de mortandade de peixes não ocorreriam, pois a chance de adaptação em água natural e viva é bem maior, para os seres aquáticos. Mas sabemos que quase ninguém mais mora perto de riachos e fontes limpos. E até nossos rios, lagoas e barragens estão poluídos e infectados.



 Os conselhos que posso deixar aqui, para os amigos aquaristas iniciantes são:


a) Não coloque os peixes em água de torneira recém colhida, se não quiser perdê-los;

b) Não confie sempre em substâncias desclorificantes, por respeito à vida dos peixes;

c) Deixe o seu aquário ciclando por uns 10 a 20 dias, cheio, montado e sem peixes, e com tudo funcionando, do filtro, bomba à iluminação. As plantas já podem estar no aquário nesse período, pois ajudam a biologia do sistema equilibrar. Paciência aqui é o segredo.

d) Sempre tenha um depósito limpo, tampado, com água descansada, pronta para uso. Será importante por causa das trocas parciais necessárias.



No final das contas, a maior ameaça no aquarismo é a falta de informação sobre a vida aquática, a qualidade da água, os peixes, seus hábitos e sua manutenção adequada.



fonte: Aquarismo Online

Como manter um betta por vários anos


Vejo muitas pessoas frustradas porque compraram um betta com um aquarinho minúsculo em uma loja, e após alguns dias o peixe morre. Mesmo sendo um peixe bastante resistente, fica complicado manter um betta nestas condições. Vamos ver que é possível manter um betta por vários anos em um aquário pequeno (não minúsculo), com muito pouco investimento e trabalho.


Aquário

Um ser vivo necessita de espaço para viver (viver, e não sobreviver), e as “betteiras” vendidas em lojas não oferecem condições ideais para um betta. Existe até o mito de que o betta não pode viver em tanques maiores por causa da pressão da água… Sem comentários!! Um tanque de 20 litros é uma boa pedida para um betta, e se puder ser um pouco maior, melhor. Mantive um betta em um aquário de 24 litros por 4 anos. A adição de plantas aquáticas é uma boa pedida, pois dará mais segurança ao peixe e será útil para absorver o excesso de nutrientes da água. Plantas resistentes, como elódea, rabo de raposa, microsoriuns, anúbias e musgo de java não necessitam de maiores cuidados e deixarão o aquário com aspecto mais natural.

Filtragem e Química da Água

É perfeitamente possível manter um betta sem filtragem, com bastante plantas e efetuando trocas de água com maior frequência, porém, um pequeno filtro hang-on (aqueles que ficam pendurados no vidro do aquário), como o HF-100, cheio de Siporax mini e perlon (manta acrílica), deixará o aquário muito mais estável. Em aquários pequenos, é mais difícil manter a estabilidade da água, podendo ocorrer picos de amônia (devido ao excesso de matéria orgância), que podem ser fatais para o betta, por isso é recomendável a filtragem. As trocas parciais de água não devem ser descartadas, pois o aquário é um sistema fechado e, mesmo com o filtro, existirá o acúmulo de substâncias tóxicas. Trocas de 20% semanais (se não usar filtro, as trocas devem ser mais frequentes) serão suficientes. Com relação ao pH, deixe próximo ao neutro (7.0).

Ao montar o aquário, deixe-o funcionando com filtragem, aquecimento e iluminação por mais ou menos 30 dias, sem colocar o betta. Este período é o que chamamos de ciclagem, ou seja, é o tempo que levará para que as colônias de bactérias benéficas povoem o aquário. Estas bactérias convertem a matéria orgânica (restos de comida, fezes, urina) em amônia (tóxico), depois a amônia em nitrito (também tóxico) e, por fim, o nitrito em nitrato (pouco tóxico). O excesso de nitrato é absorvido pelas plantas e também é retirado nas trocas parciais de água. Não respeitar esse período pode acarretar na morte do seu betta por intoxicação. Este tempo (30 dias) pode ser reduzido se você utilizar mídias filtrantes de um aquário já povoado, ou então, se utilizar produtos aceleradores de biologia, vendidos em lojas de aquário.


Aquecimento

A temperatura ideal para o betta vai de 24 a 30ºC (fonte: Fishbase). Dependendo da região em que você mora, no inverno a temperatura cai bastante, o que não é nada bom para o betta. Se este é o seu caso, considere o uso de um termostato com aquecedor, um equipamento onde você regula a temperatura desejada, e ao cair a temperatura do ambiente, o aquecedor liga, desligando automaticamente quando alcançar a temperatura que você regulou. A não ser que o aquário fique em uma sala climatizada (onde a temperatura é sempre estável), ou então se você mora no norte ou nordeste do Brasil, talvez não seja necessário usar um termostato, caso contrário, é altamente recomendável. Em temperaturas baixas, o animal se alimentará menos e ficará mais suscetível a doenças, como o íctio (doença dos pontos brancos), que pode ser fatal.

Alimentação

A velha máxima “você é o que você come” também se aplica ao betta. É importante uma alimentação variada, usando rações de qualidade como base e oferecendo também pequenos insetos, minhocas, artêmias, dáfnias, filé de peixe, larvas de mosquito, etc, sempre em pequenas porções. Cuidado com as rações de “bolinhas” sem rótulo, dê preferência a rações de qualidade, rações de má qualidade podem fazer mal para o seu peixe. Retire qualquer excesso que cair no fundo do aquário, para que não haja problemas com picos de amônia.

Iluminação

Iluminação não é necessário para o betta em si, mas evidenciará muito mais a beleza do seu peixe, além de ser vital para as plantas. Use lâmpadas fluorescentes (podem ser as compactas mesmo) de cor branca fria (6500 kelvin), na razão de mais ou menos 0,5 a 0,3 Watts por litro. Em um aquário de 20 litros, por exemplo, uma lâmpada fluorescente compacta de 8 a 10 Watts vai oferecer uma iluminação suave para o peixe e suficiente para o desenvolvimento das plantas citadas acima. Utilize um timer para ligar e desligar a iluminação, em um fotoperíodo de 8 a 10 horas.

Fechando…

Acha tudo isso trabalhoso ou caro demais? Lembre-se que estamos falando de um ser vivo, que não pediu para ser colocado em um cubículo de 1 litro e morrer por falta de cuidados. É provável que tudo o que falamos acima fique por volta dos R$ 150,00, incluindo o peixe e um potinho de ração que dá pra bastante tempo, o que considero que não seja caro, em se tratando de um animal de estimação que pode viver vários anos.


Calculadora para construção de aquários


Uma ferramenta muito útil a ser usada na construção de aquários.


veja uma outra clicando aqui

Como Tratar Húmus de Minhoca


Olá,

Aquários plantados podem ser verdadeiras jóias para muitos aquaristas. Seja uma montagem comum; em estilo Holandês ou então com um ótimo aquapaisagismo, cultivar plantas aquáticas saudáveis e vigorosas é um desafio prazeroso para qualquer pessoa.

Mantido sobre a tríade substrato fértil x CO2 x iluminação, superar esse desafio está cada vez mais fácil: hoje em dia temos a nossa disposição infinitos materiais que facilitam a tarefa de manter um aquário plantado. Porém, assim como a variedade de produtos aumentou, os preços elevaram-se na mesma medida, principalmente quando tratamos de substratos industrializados: são muito práticos e eficientes, mas pecam pelo preço, que costuma ser elevadíssimo. Um bom substrato, balanceado e de boa granulometria não custa menos do que R$40,00 o quilo, mas existem alguns especiais que ultrapassam uma centena de reais. No final, somando só a quantia de dinheiro despendida com o substrato supera-se o valor do próprio aquário.

Por esse motivo, muitos aquaristas recorrem à uma ótima alternativa: o húmus de minhoca, que nada mais é do que fezes de minhocas, que se alimentam de um substrato pré-determinado (constituído de matéria orgânica diversa, como esterco bovino ou material composto).


Húmus da espécie Eisenia foetida, a conhecida Minhoca Vermelha da Califórnia. Existe outra espécie também
conhecida por esse nome, a Lumbricus rubellus, que produz húmus de semelhante qualidade.

Ele é barato, fácil de de encontrar, atende perfeitamente as necessidades nutricionais das plantas e seu tratamento pode ser realizado por qualquer pessoa. São milhares os aquário montados usando húmus como substrato fértil, dando resultados incríveis. Inclusive muitos aquaristas que iniciam nos plantados começam com húmus, mantendo-se fiéis mesmo depois de terem adquirido vasta experiência.

Como todo produto, o húmus possui também pontos negativos que devem ser observados: possui alta carga biológica, seja pelo material em decomposição (restos de folhas, galhos, raízes) ou seja pela quantidade de microorganismos (bactérias, fungos e pequenos invertebrados) presentes no mesmo. Ambos podem causar sérios problemas no aquário, como fermentação e conseqüente liberação de gases tóxicos como o gás Sulfídrico. Para evitar esse e outros problemas, o húmus deve passar por um tratamento antes de ser usado no aquário. Tal tratamento serve justamente para eliminar o excesso de carga orgânica.

O processo pode ser resumido em basicamente 3 passos principais: lavar + ferver + lavar. As primeiras lavagens retiram a sujeira mais grossa (pedaços de galhos, raízes, folhas, pedras etc); a fervura mata todos os organismos e as demais lavagens terminam de limpar o húmus, retirando a sujeira mais finamente particulada.

Obviamente o tratamento ganha variações conforme o aquarista, que pode ser do mais simples e crú como o descrito acima até aquele mais diversificados e detalhados. Cada tipo de tratamento resulta no mesmo produto final, porém com diferenças de rendimento e de granulometria. A qualidade do húmus escolhido também influencia no rendimento. Como é possível encontrá-lo em supermercados, agropecuárias e casas de jardinagem, geralmente tem-se a possibilidade de escolha.


Escolha sempre um húmus de qualidade, de boa procedência.

Para definir se o húmus é de qualidade, basta observarmos o seu conteúdo que deve ser relativamente uniforme, sem muitos galhos, pedaços de folhas e pedras, sejam esses grandes e/ou aparentes. Deve ser soltinho e fofo, com pequenos aglomerados e apenas levemente úmido. Sua cor pode variar do castanho ao quase preto, mas deve ser sempre escura.

Se o húmus apresentar pedaços muito grandes de folhas, folhas secas, pedras em excesso ou até mesmo pedaços de esterco, descarte-o, pois não se presta para esse fim.

Antes de iniciar as primeiras lavagens, é aconselhável passar todo o húmus por uma peneira, de malha média. Neste processo inicial, conseguimos eliminar com eficiência a maioria dos galhos, raízes, pedaços de folhas e pedriscos. Possui a vantagem de retirar tais materiais que afundariam na água, através do método tradicional.


Pode-se usar uma peneira velha, caseira mesmo e de malha média, para ajudar a retirar materiais indesejáveis do húmus.

Após peneirado, o húmus ganha uma aparência mais volumosa, muito macia e uniforme, sem os aglomerados e conseqüentemente melhor de se trabalhar. O que sobra na peneira é um material que lembra cascalho no que se refere a sua granulometria, tudo o que seria muito mais arduamente retirado nas lavagens. Tal material pode ser misturado à terra do jardim ou dos vasos de plantas, pois fornece sais minerais essenciais, fertilizando o solo e beneficiando as plantas.



A primeira imagem mostra o húmus após ser peneirado.
A segunda imagem mostra o que é retirado do húmus após o processo.

Uma alternativa viável e funcional à peneira seca, é realizar o processo com a malha do utensílio mergulhado na água, em um balde ou bacia. Coloca-se o material na peneira, então mergulhe-a parcialmente na água, de forma que metade dele fique submersa. Com a outra parte fora d'água, vá remexendo o húmus, esfregando e desmanchando os aglomerados com as mãos. Essa técnica tem a vantagem de que dissolve o húmus impregnado nos detritos, e também faz o mesmo com todos os aglomerados, tendo um aproveitamento muito maior do material.


Uma alternativa é peneirar o húmus na água: assim retira-se muito mais desse material, tendo um rendimento bem maior.

Independentemente de como se escolhe iniciar o processo, o húmus deve passar por algumas lavagens iniciais. Nessas lavagens grande parte do material orgânico, que passou pela peneira por ser pequeno demais flutuará ou ficará em suspensão na água. Ao descartar tal água e renová-la, retiram-se tais materiais indesejáveis.

Reparem na diferença de quantidade de material flutuante na água das duas imagens: na primeira o húmus foi peneirado e na segunda ele não foi, sendo jogado diretamente na água no modo tradicional. Percebe-se que peneirar o húmus ajuda a retirar detritos maiores e fazer com que os menores flutuem mais facilmente, tornando a tarefa de retirá-los menos trabalhosa.

Para retirar o material flutuante, é interessante ir inclinando levemente o recipiente, de forma com que a água saia devagar, retirando mais detritos. Se virar rápido demais boa parto dos detritos acabam ficando, forçando a repetir mais vezes esse processo do que o realmente necessário. Repita esse processo algumas vezes, de 2 à 5x se peneirar o húmus ou de 5 à 8x se colocar o húmus direto na água. Pode-se parar as lavagens quando não notar mais detritos em excesso flutuando.


Vire o recipiente para que a água saia lentamente levando consigo os detritos que flutuam e que estão em suspensão.

Após terminado o passo anterior, chega-se a outro de extrema importância: a fervura. Ferver o húmus assegura a eliminação dos muitos microorganismos nele presentes, que podem ser potencialmente patógenos, seja direta ou indiretamente. As lavagens iniciais não matam nem retiram tais seres (na verdade a quantidade que o processo elimina é irrisória), por isso é importante ferver.

Se a quantidade de húmus for pequena, pode-se ferver em algum recipiente metálico (panelas velhas são ótimas para tal finalidade) no fogão mesmo. Se a quantidade for maior, pode-se usar barris de metal cortados ao meio ou até mesmo tachos, colocados em cima de fogueiras improvisadas. O tempo de fervura pode variar algo entre 20 à 30 minutos, o que garante uma esterilização segura e confiável.


Ferver o húmus por meia hora, em uma panela fora de uso, assegura uma boa esterilização.

Durante a fervura pode acontecer de respingar, como está muito quente tome cuidado. É melhor ferver sem tampar, pois ao fazer isso corre o risco de criar uma espuma e transbordar. O húmus durante o cozimento libera um odor semelhante ao de argila, um pouco desagradável, que pode provocar náuseas em determinadas pessoas. Se fizer dentro de casa, mantenha sempre que possível as janelas e portas abertas.

Terminada a fervura, basta esperar o húmus esfriar totalmente para então começar a lavá-lo. Tome cuidado, pois algumas vezes ele fica morno na superfície mas ainda está bem quente mais ao fundo, por isso é bom esperar 1 hora antes de dar continuidade ao tratamento.

Após frio, recomeçamos a lavá-lo, como anteriormente. Porém, dessa vez não se faz necessário inclinar o recipiente lentamente. Agita-se muito bem o húmus com as mãos, aguarde alguns segundos e despeje a água. É interessante aguardar tais segundos pois o húmus assenta nesse tempo, e o que ficar em suspensão é o que se deve descartar.


 Novamente lava-se o húmus repetidas vezes. As sujeiras escuras na pia, que lembram areia de longe, são minúsculos pedacinhos de galhos, folhas etc. Note também que a água descartada das lavagens começa a ganhar um pouco de visibilidade.

Não existe um número exato de quantas vezes se deve lavar o húmus, pois varia de acordo com as técnicas aplicadas por cada aquarista e também de acordo com sua vontade. Alguns param enquanto a água está bem turva, outros preferem parar quando a água estiver mais clarinha enquanto outros ainda preferem lavar até a água ficar bem limpa.

O ideal é parar quando a água perder aquele aspecto de água "barrenta", quando estiver um pouquinho mais limpa. Lembrando que não é possível deixá-la 100% transparente. Existem relatos de aquaristas que insistiram em lavar até a água ficar totalmente limpa e como resultado perderam quase todo o húmus, sobrando no balde apenas uma areia fina e inerte, inútil ao seu propósito inicial.


 Observe que já é possível enxergar através da água, que ela já não apresenta um aspecto "barrento".

Quando considerar que já está limpo o suficiente, pode-se encerrar definitivamente as lavagens. A água do descarte das lavagens iniciais e finais carrega consigo uma porção de sais minerais e outros compostos benéficos para plantas, por isso se desejar regar o jardim com essa água, pode fazer com segurança. Seria como se estivesse fertilizando-as.

Nesse ponto, possuímos duas alternativas: ou usamos o húmus diretamente no aquário, se já estivermos com tudo pronto para a montagem ou o secamos para armazenamento e uso futuro. Se desejar aplicá-lo diretamente, pingue algumas gotas de anti-cloro no balde com o húmus e a água, verifique se já não existe cloro e então pode usar.

Agora se não deseja usá-lo no momento e quer guardá-lo, será necessário fazer com que ele passe por um processo de secagem. O processo pode-se dar através da exposição natural a luz do sol ou através do uso de um forno elétrico.


 Húmus pronto para ser seco: na primeira imagem em cima de uma lajota, para ser seco ao sol.
A segunda imagem dentro de uma forma para ser seco no forno elétrico.

Para secá-lo ao sol, peque alguma superfície plana e limpa, como uma placa de isopor ou até mesmo um pedaço de madeira revestido de algum material plástico, pode-se também pegar algum plástico atóxico, estendendo-o em cima do chão, e então coloca-se o húmus. Distribua de forma uniforme, e em uma camada fina, que não ultrapasse 1 centímetro. Uma camada fina garante que a secagem seja muito mais rápida. Dependendo da temperatura em 1 ou 2 dias o húmus está pronto.


Independentemente de como escolher secar o húmus, deve-se ter sempre o cuidado de deixá-lo em camadas finas, para acelerar o processo.

Se optar por secar ao forno, basta também distribuir o húmus sobre uma forma (de bolo, de pão, de pizza etc. que esteja fora de uso), em uma camada que não ultrapasse 1 centímetro, colocando para "assar" no forno à 200°C, o tempo varia, mas uma forma grande com 1cm de húmus secou em aproximadamente 30 minutos. É interessante interromper de vez em quando a secagem para remexer o húmus com algumas colher velha, agitando, isso garante que ele vá secando de maneira uniforme. 

Após seco, espere esfriar por 30 minutos antes de guardar. O forno ainda apresenta a vantagem de assar o húmus a uma temperatura superior a da fervura, garantindo que qualquer microorganismo sobrevivente seja eliminado nessa etapa.


Húmus muito bem seco e peneirado, pronto tanto para o uso em aquários ou para armazenamento.
Observe como ficou uniforme e granulado.

Após seco, é conveniente passar o húmus por uma peneira de malha média novamente, para dar a ele granulometria e textura agradáveis, semelhante a dos substratos industrializados.


Observe sua textura e tamanho comparados a uma mão adulta.

Ele pode ser armazenado em potes ou baldes que contenham tampa. Se bem fechado e se o húmus estiver bem seco, pode ficar guardado por tempo ilimitado. É freqüente o caso de aquaristas que não secam bem, guardando-o ainda úmido. Dessa forma, além de empedrar, perdendo sua textura ele pode "mofar". Fungos também são indícios de que o húmus ainda possuía muita matéria orgânica e que não foi corretamente tratado. Por isso é importante que esteja bem tratado e seco.

Deve-se ter consciência de que é impossível retirar todo o material orgânico do húmus de minhoca, que inevitavelmente sempre sobrarão alguns pedacinhos minúsculos (de 1 à 3mm) de folhas ou galhos, mas que não representam perigo se não forem abundantes.

Então, após esse processo relativamente trabalhoso, mas rentável, temos um substrato perfeito para as plantas dos nossos aquários, que satisfaz às demandas das mais simples até as mais exigentes. Sem perder em nada para os substratos industrializados, com a vantagem de ser mais econômico, totalmente ecológico e de ser o próprio aquarista que preparou.

Húmus de minhoca, com certeza uma ótima opção!


fonte: Aquaflux

Aquário plantado, o que é e como montar


Existe uma grande diferença entre “aquário com plantas” e “aquário plantado”. Na prática, em qualquer aquário é possível adicionar plantas. Porém, um aquário plantado é uma montagem cujo objetivo principal é fornecer um ambiente propício para o pleno desenvolvimento das plantas. Para que isto seja possível, são usados vários artifícios para otimizar o crescimento e a saúde das plantas.


Substrato fértil: a grande maioria das plantas absorvem os nutrientes pela raiz, então o uso de um substrato fértil é muito importante para garantir o crescimento e a manutenção das plantas. Existem substratos industrializados de várias marcas (inclusive brasileiros), mas também é possível usar húmus de minhoca + laterita como substrato fértil. A laterita é uma fonte de ferro, e faz uma boa “dobradinha” com o húmus de minhoca. Se tratado corretamente e bem isolado, o húmus é uma alternativa econômica e muito eficiente. Porém, se não seguir as recomendações, você pode ter problemas com algas. Veja aqui como tratar o húmus de minhoca para usar como substrato fértil em seu aquário plantado.

Substrato inerte: alguns substratos férteis não podem ficar em contato com a coluna d’água. Neste caso, é necessário usar um substrato inerte por cima, de modo a isolar a camada fértil e não deixar que esta escape para a água, a fim de evitar problemas como surtos de algas e desequilíbrio do sistema. Pode-se usar tanto substratos industrializados próprios para aquários como também areia, basalto, etc, desde que a granulometria não seja tão fina (menos de 1mm). Em geral, uma camada de 7 a 10 cm de substrato inerte isola bem a camada fértil.

Iluminação: outro item de vital importância para as plantas, já que é através da iluminação que elas metabolizam a sua energia vital (fotossíntese). Existem vários tipos de iluminação usadas em aquários plantados, como as fluorescentes T8 e T5, HQI (vapor metálico) e LED. As mais usadas são as fluorescentes, sendo que as T5 são as que apresentam melhor resultado, devido à melhor eficiência luminosa. Os leds estão surgindo como outra alternativa interessante, porém, há poucos estudos sobre o assunto. Ao projetar o seu aquário plantado, o aquarista deve observar alguns itens importantes com relação à iluminação: a altura do tanque, a quantidade de lumens por litro e a temperatura de cor da luz. Plantas exigentes requerem algo em torno de 60 lumens por litro, e as menos exigentes algo entre 30 e 40 lumens/litro. O tanque não deve ser muito alto, evite tanques com mais de 50 cm de altura, caso contrário será necessário usar power leds ou HQI. A temperatura de cor ideal para plantados fica entre 6000 e 8000 Kelvin. 


CO2: juntamente com a iluminação, o CO2 é outro item importante para as plantas metabolizarem energia através da fotossíntese. Mas como é possível fornecer CO2 para as plantas? Simples, basta injetar o gás na água usando um difusor ou reator. Pode-se usar um cilindro de CO2 (os mesmos usados em extintores) com válvula de topo, válvula reguladora e de ajuste fino, regulado para injetar uma quantidade de bolhas por segundo na água (isso varia de acordo com o tamanho do aquário e da quantidade de plantas). Uma opção barata, porém não muito recomendada por não ser possível regular a quantidade a ser injetada, é gerar o CO2 usando uma garrafa pet contendo água com açúcar e fermento biológico (chamado de CO2 caseiro).


Fertilização: mesmo com o uso do substrato fértil, para plantas mais exigentes é recomendado realizar fertilização adicional da água utilizando macronutrientes (nitrato, fosfato e potássio – NPK) e micronutrientes. Existem vários fertilizantes industrializados para aquários plantados (inclusive brasileiros) no mercado, mas se o aquarista tiver algum conhecimento de química e quiser se aventurar, é possível também fazer seus próprios fertilizantes. Cada fabricante possui seu método de fertilização, assim como existem alguns métodos consagrados como o Estimative Index e o Perpetual System.

Filtragem: o filtro mais usado em aquários plantados é o canister, pelo fato de ser um sistema de filtragem fechado e com isso há menos perda de CO2 do que em um sistema sump, por exemplo, pois a água não sofre tanta agitação. Entretanto, é possível usar sump ou hang-on também, desde que a agitação da água seja minimizada, se possível.

Low-tech e High-tech

Os aquários plantados geralmente são classificados em dois tipos: low-tech e high-tech. Os plantados low-tech são montagens que usam espécies de plantas mais resistentes e menos exigentes, o que dispensa o uso de substrato fértil e CO2 em alguns casos, além de uma iluminação mais moderada, em torno de 30 lumens por litro. Aquários low-tech são mais simples de manter, requerem menos podas (já que o crescimento das plantas é mais lento) e menos equipamentos. Entretanto, são tão belos quanto os plantados high-tech. O Aquaflux possui um belo guia para aquários low-tech.


Plantados high-tech são montagens voltadas para plantas exigentes, oferecendo o melhor em iluminação, substrato fértil, CO2, fertilização líquida, etc. Necessita de muito mais intervenção do aquarista para podas, já que o crescimento das plantas é bastante acelerado. Porém, a beleza de um plantado high-tech é inigualável, sendo possível fechar carpetes, ter plantas vermelhas, etc.



Cobrinha Myersi (Pangio myersi)

Classificação
Pangio myersi (HARRY, 1949)
Classe: Actinopterygii  • Ordem: Cypriniformes • Família: Cobitidae
Nomes comuns: Cobrinha Myersi — Inglês: Giant kuhli Loach
Grupo Aquário: Cobitídeos, Peixes Serpentiformes
Ambiente & parâmetros da água
Água doce • pH: 4.7 – 7.2 (aquário ideal entre 6.0 a 7.0) • Dureza: 1 – 5 • Temperatura: 22°C – 30°C
Comumente encontrado em águas rasas, tanto em águas negras como claras, normalmente em meio a densa vegetação aquática marginal e plantas flutuantes. A água possui geralmente um teor mineral dissolvido insignificante, é mal tamponada e o pH pode ser bastante baixo, algo em torno de 3.0 ou 4.0, devido à liberação gradual de taninos e orgânicos ácidos a partir de material vegetal em decomposição.
Tamanho adulto:
10 cm (comum 8 cm) • Estimativa de vida: 10 anos +
Distribuição
Ásia. Bacia Mekong e sudeste da Tailândia. Encontrado na Camboja, Lais e Tailândia.










Mapa por Discover Life


Manutenção em aquário & Comportamento
Aquário com dimensões mínimas de 60 cm X 30 cm X 30 cm (54 litros) requerido. Aquário deverá possuir densa vegetação aquática formando zonas sombrias ou iluminação moderada. Substrato deverá ser arenoso e macio, uma vez que a espécie possui o hábito de se enterrar.
Apresenta comportamento extremamente pacífico devendo ser mantido com peixes pacíficos e de pequeno porte, preferencialmente que não sejam agitados. É comum passar várias semanas sem avistar a espécie no aquário, uma vez que possui hábito noturno e passa a maior parte de seu tempo enterrado no substrato, aparecendo esporadicamente principalmente para se alimentar. Embora não costumam ficar juntos, devem ser mantidos em grupos de pelo menos cinco indivíduos para se sentirem mais seguros, crescendo as chances de não se enterrarem com tanta frequência.
Alimentação
Onívoro, em seu ambiente natural alimenta-se principalmente insetos, larvas e pequenos crustáceos. Em cativeiro aceitará alimentos secos e vivos.
É um micro predador e peneira seu alimento através da boca e guelras, possivelmente se alimenta de detritos e matéria vegetal secundariamente.
Reprodução e dimorfismo sexual
Ovíparo. Após ritual de acasalamento onde macho e fêmea irão nadar se entrelaçando, desovam em raízes de superfície ou plantas flutuantes; ovos são da cor esverdeada. Pais não cuidam da progênie e podem comer os ovos e larvas. Sua reprodução em cativeiro é desconhecida.
Dimorfismo Sexual
Fêmeas possuem região ventral maior (mais inchado) enquanto os machos são mais magros e menores. Nadadeiras peitorais dos machos são sensivelmente maiores.
Galeria de imagens


Descrição
Presença de 8 a 11 listras verticais sob fundo alaranjado de seu corpo. Quando imaturo pode ser confundido com outras espécies do gênero. Em fase adulta são distinguidos pelo número de listras verticais, que também são mais regulares e largas. Pode ser distinguido ainda pela coloração negra, total ou parcial, da nadadeira caudal, normalmente terminando em linhas ou manchas escuras.
A última característica pode ser útil na identificação de jovens ou peixes recém-importados, espécimes desnutridos, a qual pode se assemelham superficialmente a P. kuhlii ou P. semicincta, porém, essas duas espécies possuem apenas uma mancha escura na base da nadadeira caudal.
Existe a variedade albina de Pangio myersi, apresentando duas variedades como os verdadeiros albinos com olhos vermelhos ou hypo-melanistico, que possui basicamente a mesma aparência, porém, com olhos negros. Não está claro se estas variedades provém de seleção natural.
Espécies deste gênero são comumente referidas como Botias Enguias, mas são distinguidos dos outros Cobitídeos pela forma do corpo longa e fina, relativamente elevado número de vértebras e a posição da nadadeira dorsal que está situado bem atrás da origem das pélvicas (comparada em frente, acima ou apenas ligeiramente para trás).
Todos os cobitídeos possuem afiados espinhos sub- oculares, que normalmente ficam escondidos dentro de uma bolsa.


Fonte: Aquarismo Popular